Imagine ter na palma da sua mão um feed de notícias inteligente capaz de indicar os melhores artigos, notícias e vídeos de acordo com os seus interesses? Ou seja, o Google sabe exatamente o que você quer, na hora que você quer. Mágica? Não! Isso é a evolução do que entendemos como pesquisa, para uma nova abordagem denominada descoberta, e é a grande aposta do Google para os próximos 20 anos.
Se você é profissional de marketing, daquele tipo bem-informado, “pra frente”, “ligado no Jiraya”, deve ter pensado: Opa! Esse tal Google Discover pode me ajudar nas minhas estratégias de marketing digital, certo? Então, como posso usá-lo?
Leia o artigo até o final para descobrir o que é o Google Discover e como ele pode ajudá-lo.
O que é o Google Discover?
O Google Discover é um novo recurso do Google para dispositivos móveis. Com base nos interesses do usuário, a ferramenta apresenta automaticamente notícias, artigos, vídeos e todo o tipo de conteúdo que esteja alinhado com suas preferências. Através de um algoritmo que consegue analisar seu comportamento, a ferramenta apresenta publicações baseadas em seus interesses.
Em 2016, o gerente de produtos Fred Brewin disse que a empresa estava desenvolvendo um aplicativo que poderia acompanhar tudo que fosse relevante para o usuário, desde marcadores esportivos até o rastreamento de pacotes; e acrescentou que a equipe de desenvolvimento continuaria trabalhando para tornar essa experiência cada vez melhor.
Sob a promessa que o até então apelidado de Discover forneceria notícias e novidades baseado nos interesses do usuário, por consequência, iniciou-se a implementação de redes neurais aplicadas a internet.
Depois que o Discover atingiu 800 milhões de usuários ativos no mês, a gigante da tecnologia decidiu batizá-lo de Google Discover.
A inteligência artificial melhorando a experiência do usuário
O lançamento do Google Discover foi parte de uma iniciativa da empresa para melhorar o seu mecanismo de busca nos próximos 20 anos.
A ideia é que no futuro o Google não seja apenas reativo, ou seja, o buscador se tornará ainda mais inteligente, apresentando resultados de forma proativa, baseado nos interesses dos usuários.
Para que essa mudança possa acontecer, a gigante da tecnologia está investindo ainda mais na experiência do usuário. Para isso, a empresa decidiu evoluir a forma como lidamos com o mecanismo de busca atualmente, e isso é consequência de três mudanças fundamentais:
A mudança das respostas para as jornadas
A ideia é que a pesquisa não seja feita isoladamente, e sim, exista uma jornada de aprendizado por trás, para isso, a ferramenta ajudará a retomar as tarefas de onde parou, além de sugerir outros resultados complementares e interligados de forma personalizada.
A mudança de busca para sugestões
Através do aprendizado de máquina, o buscador analisará o comportamento do usuário, seus interesses e gostos, desta forma, será possível apresentar notícias, artigos e vídeos relevantes.
A mudança do texto para conteúdo visual
O conteúdo apresentado se tornará cada vez mais visual, portanto, os produtores de conteúdo terão que se preocupar em como ilustrar seus materiais, além disso, os vídeos aparecerão cada vez mais nos resultados.
Entendendo um pouco mais sobre o conceito de pesquisa e descoberta
Sobre pesquisa
Existem dois tipos de experiências em navegação online. A primeira é a pesquisa.
A pesquisa é um método reativo, no qual você diz para a ferramenta a sua pergunta e ela te apresenta diversos resultados para que consiga chegar na resposta.
Antigamente essa mecânica era extremamente rígida, com foco apenas na palavra-chave principal do tema pesquisado. Atualmente, temos o conceito de pesquisas naturais, essa evolução mudou nossa forma de nos relacionarmos com a ferramenta, fazer uma pesquisa nos dias de hoje se assemelha a perguntar algo para um amigo.
Podemos ver esse tipo de interatividade entre o usuário e a ferramenta na pesquisa de voz. Você diz: “Google, como faço para ter uma vida saudável”.
Por mais que exista essa evolução tornando tudo mais natural, para nós profissionais de marketing ou criadores de conteúdo, a tarefa continua muito semelhante, precisamos mapear as principais palavra-chave de acordo com o nicho e a persona que estamos trabalhando, para então criar um conteúdo direcionado.
Quando falamos sobre pesquisa, não estamos falando apenas do Google, qualquer tipo de pesquisa é feita da mesma forma, se você pesquisar em um site, comércio eletrônico, enciclopédia online etc. Sempre terá uma palavra-chave alvo e um resultado (conteúdo) direcionado para essa palavra.
Sobre descoberta
A descoberta é o segundo conceito no qual a internet se baseia, em vez de buscar algo e a ferramenta te apresentar os resultados de forma reativa, de agora em diante, o conteúdo chegará até nós como mágica, de forma proativa.
Este conceito não foi criado pelo Google, é o modelo no qual se baseiam as redes sociais, é assim que o seu feed do Facebook é criado por exemplo. Portanto, por mais fascinante que pareça, o Google Discover é um feed, que ainda está em evolução, mas que dentro de alguns anos se tonará extremamente maduro.
O conceito de descoberta é diferente da busca, não precisamos correr atrás de notícias ou artigos, apenas temos que continuar com a nossa “rotina online” e a inteligência artificial terá selecionado o melhor para nós.
Os feeds têm um componente que o mecanismo de busca não possui, que é o vício, quanto mais informação relevante é apresentada para você, mais você quer consumir.
O fato dessa informação chegar sem esforço até nós, é muito mais prazeroso do que ter de buscá-la. É certo que o Google Discover não funcionará para tudo, ainda teremos as buscas, esses conceitos são complementares, o que faz toda a diferença são as propostas e os momentos que se encontram os usuários.
Enquanto na busca o usuário corre atrás da informação, no feed, a informação chega até o usuário. Agora você entende por que o Google Discover será um produto tão importante para a gigante da tecnologia?
Como funciona o Google Discover?
Indo direto ao ponto, como já dissemos anteriormente, o Google Discover apresenta notícias, artigos e vídeos que sejam relevantes para você, tudo isso é feito através de um algoritmo que analisa seus hábitos e interesses.
Você deve estar pensando: ok, mas eu nunca vi essa ferramenta, onde ela está?
O Google Discover pode ser encontrado na maioria dos dispositivos móveis modernos navegando no menu principal à esquerda na guia Google, ou na versão mobile dos navegadores acessando www.google.com.br e também no app do Google que pode ser baixado tanto para IOS ou Android.
Eis que outra pergunta deve estar em sua cabeça: como essa inteligência artificial sabe o que me apresentar?
A resposta é simples, a inteligência artificial é nutrida por dados que são fornecidos pelas suas atividades na web e em apps.
As fontes que o Google Discover verifica
Você já sabe que são fontes de dados fornecidas pelos seus hábitos no seu smartphone que nutrem o Google Discover. Para ficar ainda mais claro, vamos apresentar quais são as principais fontes que a inteligência artificial verifica para entender os seus hábitos e interesses.
- Seu histórico de navegação;
- Atividades em sites e apps;
- Histórico de localização;
- Informações gerais dos dispositivos;
- Ferramentas que usam os serviços do Google: agenda de contatos, gravação de voz, e-mails etc.
Google Discover: conheça algumas estratégias para otimizar os seus artigos
Você já entendeu o que é o Google Discover, sabe como ele funciona e também como configurá-lo. Mas como promover o seu negócio na ferramenta?
Já sabemos que não é certo falar de posicionamento no Google Discover, esse é o conceito de busca, para atingirmos o conceito de descoberta, nosso foco deve ser no conteúdo e na persona.
Mas a base para qualquer artigo ou notícia bem-sucedido é sua relevância e otimização, quanto mais otimizado for seu conteúdo, melhor o entendimento dos mecanismos de busca sobre a sua publicação e mais chances você tem de aparecer para sua audiência.
Então esse é o momento certo para apresentar dicas de como otimizar o seu conteúdo tornando-o ainda mais atrativo para o Google Discover.
Seja visual, o Google Discover gosta de fotos para ilustrar o seu conteúdo
A qualidade da imagem é essencial para otimizar a sua publicação, a capa dos seus artigos deve ter pelo menos 1.200px e não pode ser pesada. Se o seu site utiliza WordPress, existem muitos plugins para compressão de imagens como: Smush, reSmush.it, EWWW Image Optimizer, Compress JPEG & PNG Images, ShortPixel Image Optimizer.
As imagens devem ser atraentes, de fácil interpretação e devem estar ligadas diretamente ao conteúdo, evite usar imagens genéricas que não dizem absolutamente nada.
Escreva notícias e artigos perenes
Quando o Google anunciou o Google Discover, eles mencionaram que os usuários teriam “novos tipos de conteúdo”.
Além do novo visual, você também verá novos tipos de conteúdo no Discover. Serão apresentados notícias, vídeos e artigos não tão novos na web, mas que são novidades para você.
Então, qual a melhor forma de criar notícias e artigos perenes para o Google Discover?
Dicas para escrever notícias
Uma ferramenta que ajuda a encontrar as principais tendências do momento entre as pesquisas feitas pelos usuários é o Google Trends.
Alguns criadores de conteúdo acreditam que seu nicho não possui novidades suficientes para produzir notícias, mas isso não é verdade, um exemplo disso foi a pandemia do Coronavírus ou COVID-19, mostrando que o mundo está em constante mudança e que todos os setores podem ser afetados do dia para a noite.
Com a pandemia, o mundo todo teve que se adaptar, gerando novas notícias em diversos setores. Por exemplo:
- Como o isolamento social afetou psicologicamente as pessoas?
- Quais foram os impactos do Coronavírus na economia global?
- Como a transformação digital ajudou setores específicos a se manterem ativos diante do “novo normal”?
Esses são apenas alguns exemplos de notícias que surgem a partir de tendências e mudanças repentinas. Uma dica para sempre ter informações novas, é acompanhar influenciadores, portais e blogs do seu segmento. Você também pode usar a criatividade e associar novas tendências do mercado ao seu nicho, criando matérias opinativas.
Dicas para escrever conteúdo perene
Primeiro, você sabe o que é um conteúdo perene? Conteúdo perene é aquele que permanece continuamente relevante, que se mantém atualizado para os leitores ao longo do tempo. Por exemplo, este artigo é um conteúdo perene, mesmo que mude alguns detalhes ao longo do tempo, a base do conteúdo mantém-se pertinente.
O oposto do conteúdo perene é o conteúdo “sazonal” que ainda tem um alto valor para o SEO. Se o seu site criar apenas notícias recentes, pode ser mais difícil manter o seu tráfego, é importante mesclar sua estratégia de SEO com artigos duradouros. A maioria dos nichos tem potencial para a criação de conteúdo perene. Veja algumas ideias de tópicos que devem ser considerados para criar conteúdo perene:
- Conteúdo educacional relacionado ao seu setor;
- Artigos com dicas, listas, guias;
- História de empresas e personagens importantes no seu segmento;
- Transcrever vídeos que sua empresa fez para o Youtube por exemplo;
- Artigos semelhantes a enciclopédias;
- Avaliações de produtos.
Siga as políticas do Google Notícias
Seu conteúdo deve ser único, original e de qualidade. Essa é a diretriz para aparecer em qualquer plataforma do Google. Sua publicação também deve ser confiável para o usuário.
Quando o Google encontra conteúdo que viola suas políticas, automaticamente essa publicação é removida de sua plataforma e, em caso de violações recorrentes, o site pode ser desqualificado de forma indeterminada para aparecer em sua área de notícias.
De acordo com o Google, esse tipo de penalidade não afeta diretamente o seu posicionamento em SEO, seu conteúdo continuará sendo apresentado no mecanismo de busca. Mas é nosso dever alertar que conteúdo não original, não terá boa classificação nos resultados, portanto, sempre crie materiais novos e de qualidade.
Como recomendação do Google, é necessário evitar publicar alguns tipos de conteúdo. Evite publicar:
- Conteúdo protegido por direitos autorais;
- Conteúdo sensível ou violento;
- Práticas enganosas;
- Conteúdo de incitação ao assédio;
- Conteúdo de incitação ao ódio;
- Mídia manipulada (áudio, vídeo ou imagens manipulados para iludir ou fraudar);
- Conteúdo médico (devem seguir as regulações do setor);
- Informações pessoais e confidenciais;
- Conteúdo sexual;
- Spam e malwares;
- Apologia ao terrorismo;
- Linguagem vulgar ou obscena.
Otimize suas páginas para Mobile
Um dos fatores de classificação do Google para o ranqueamento, são páginas mobile friendly, que são adaptadas aos dispositivos móveis. Já sabemos que o Google Discover está disponível apenas para smartphones e tablets. Então, é praticamente uma obrigação seu site ser otimizado para esses dispositivos.
É preciso levar em consideração que 71 milhões de brasileiros acessam a Internet pelo celular, o que representa 56% do total de 126,9 milhões de usuários da Internet no Brasil, os outros 51 milhões (40% dos internautas) se conectam tanto pelos celulares ou computadores. E cerca de 4 milhões (3% dos internautas) acessam a internet somente através dos computadores.
Essa pesquisa foi realizada pela TIC Domicílios do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), NIC.br e CGI.br e publicada pela Mobile Time.
O que prova que as pessoas estão cada vez mais conectadas através dos seus smartphones e tablets, então, a experiência do usuário mobile deve ser prioridade em sua estratégia, essa é a única forma do seu site ser bem sucedido na internet.
Você pode optar por dois tipos de abordagem, páginas responsivas ou AMP. As páginas AMP já tiveram prioridade nas últimas versões do buscador, mas atualmente, páginas responsivas bem otimizadas, adaptadas aos dispositivos móveis e com carregamento rápido são levadas em consideração da mesma forma.
Descubra os temas que interessam a sua persona
Para o Google Discover é preciso pensar de forma diferente no planejamento de conteúdo. Não estamos mais falando de pesquisa, estamos falando em interesse.
As escolhas de links pelo Google Discover são baseadas em palavras-chave amplas, que representam temas abrangentes como negócios, hobbies, esportes, entretenimento, marcas etc. Esses temas podem se aprofundar um pouco mais, porém, jamais serão do tipo cauda longa, exemplo: entretenimento -> games, negócios -> marketing, esportes -> time de futebol, marcas -> apple, microsoft etc.
Portanto, é necessário mapear quais são os interesses da sua persona, para ter a possibilidade de sempre aparecer em seu feed. Se você utiliza ferramentas de marketing, como o Google Analytics, que apresentam qual o público-alvo que acessa o seu site e o comportamento deles em sua navegação, fica ainda mais fácil mapear seus interesses e criar conteúdo direcionado que atendam a essas expectativas.
Por exemplo, se você sabe que o seu público-alvo são homens, de 20 à 45 anos, que gostam de negócios e entretenimento, e as áreas mais acessadas no seu site são de marketing/negócios. Você não vai criar um post falando sobre moda feminina, a menos que sua intenção seja engajar esse público com menor interesse.
Com essa análise, você pode trazer notícias da atualidade sobre o mundo corporativo e criar artigos perenes ensinando como alavancar um negócio digitalmente, esse é só um exemplo de estratégia que é possível fazer.
Gere tráfego de fontes diferentes para o seu conteúdo
Existem divergências de opiniões quanto a este ponto, mas vamos pensar pela perspectiva de como as redes sociais determinam que tipo de conteúdo é popular.
Por exemplo, o algoritmo do Facebook está constantemente mudando sua linha do tempo para mostrar o que é mais popular e relevante para você. Essa mudança é determinada pela combinação de preferências, aprovações e comentários sobre um conteúdo.
O Google faz algo semelhante com o Google Discover para determinar a relevância de uma publicação. Aquele conteúdo deve ser relevante especificamente para você, independente dos tópicos mais populares no momento.
Então, entenda que essa dica também te ajudará a difundir o seu conteúdo, indo muito além de uma estratégia específica para o Google Discover. Seguindo a lista abaixo, você pode aumentar a capacidade do seu conteúdo de receber visitas de fontes diferentes de tráfego.
- Envie seu newsletter regularmente para a sua base;
- Divulgue seu conteúdo em todas as suas redes sociais;
- Não deixe de compartilhar em fóruns, comunidades ou grupos;
- Quanto mais frequente o seu conteúdo for compartilhado dessa forma, maior será a probabilidade de aparecer no Google Discover.
Vídeos, eles são a bola da vez!
Já reparou quantos vídeos consumimos ao longo do dia? Muitos! Isso não é coincidência, é uma tendência.
Estudos feitos pelo Youtube dizem que nos últimos 4 anos, o tempo que as pessoas assistem vídeos na plataforma subiu em 135%, o que representa em média 19 horas por semana. E esse tipo de conteúdo em vídeo é consumido majoritariamente em smartphones, correspondendo a três quartos do público da plataforma.
Existe uma explicação para esse fenômeno? Claro que sim! Estamos cada dia mais conectados, consumindo mais conteúdo se comparado ao passado e, a melhor forma de conseguir absorver tanta informação em pouco tempo, é através de vídeos.
Além disso, eles são rápidos, dinâmicos e de fácil entendimento. Podemos criar diversos tipos de conteúdo com abordagens diferentes, eles podem ser: Webinars, animações, institucionais, comerciais, educativos, opinativos, cases de clientes, de vendas, lives, entrevistas, reviews, web séries etc.
Segundo pesquisa do Itaú, desvendando os hábitos da geração Y no Brasil. Os millennials já são a maioria da população brasileira: representando 34% da população, e 50% da força de trabalho. De acordo com as estimativas esse número a Geração Y deve ocupar 70% dos postos de trabalho até 2030.
E essa geração consume assiduamente vídeos, de acordo com a pesquisa feita pela YuMe e o IPG Media Lab, e divulgada pelo eMarketer, os Millennials são a geração que mais assiste séries online, com 37%, seguidos pela Geração X (26%) e os Baby Boomers (16%).
Em vídeos online, clipes de música, filmes e conteúdo gerado pelos usuários, os Millennials também ficaram na frente. Além disso, a pesquisa mostra que os Millennials preferem assistir vídeos pelos seus smartphones (89%) e tablets (91%) da preferência.
Um recurso interessante do Google Discover para criar mais engajamento com os seus usuários é o autoplay de vídeos, dessa forma quem está navegando pelo feed consegue pré-visualizar se aquele conteúdo é de seu interesse.
Então, é hora de começar a explorar conteúdo em vídeo, certo? E a maior plataforma para isso é o Youtube, não deixe de aproveitar todos os seus recursos.
Você pode criar estratégias em conjunto, por exemplo, crie um vídeo falando sobre um tema, publique em seu blog e transcreva esse vídeo no formato de post, isso ajudará na otimização da sua página e site.
Essa é apenas uma de várias estratégias que você pode fazer utilizando vídeos. Como dica final, como promotor da sua marca, você deve estar presente nos canais onde seu público se encontra, não perca a oportunidade de promover o seu negócio.
O Google Discover adora dados estruturados
As marcações de dados estruturados são muito eficientes para aumentar as chances do seu conteúdo aparecer no Google Discover. Por quê? O Googlebot (rastreador do Google) precisa “ler” seu conteúdo para usá-lo da melhor maneira possível e garantir sua relevância para os usuários.
O buscador do Google usa dados estruturados para ativar recursos de melhorias em resultados de pesquisa, esses recursos são conhecidos como Rich Snippets, também vamos apresentar alguns Rich Cards, mas para fins didáticos no artigo, vamos chamar todos de Rich Snippets. O Schema é a principal fonte de referência para criar suas marcações.
Caso você sinta alguma dificuldade para criar as marcações, é possível usar o assistente de marcação de dados estruturados do Google para auxiliar nesse procedimento. Se já criou as marcações e gostaria de validar se estão de acordo com as recomendações, pode utilizar a ferramenta de teste de dados estruturados.
Para quem tem seu site desenvolvido em WordPress, existem vários plugins que ajudam na criação dos dados estruturados: All in One Schema Rich Snippets, WPSSO Schema JSON-LD Markup, Schema.
Então vamos conhecer os principais tipos de Rich Snippets que ajudam na otimização para o Google Discover.
Posição 0 (trechos em destaque)
O snippet posição 0, também conhecido como “trecho em destaque”, normalmente aparece como resultado principal respondendo a uma pergunta na primeira página do Google. O objetivo da posição 0 é fornecer uma resposta a uma consulta de um usuário. Por exemplo: “Quem descobriu o Brasil?”, o site que tiver a melhor e mais objetiva resposta, provavelmente aparecerá nessa posição.
Esse snippet tem grande influência em termos de autoridade, pois seu site além de estar na primeira posição do Google, será a principal referência respondendo à pergunta feita pelo usuário.
Perguntas Frequentes e Cartões de Resposta
Os painéis de perguntas frequentes na primeira página do Google, usam dados estruturados para responder a cada consulta. Se você clicar em um painel para expandi-lo, mais painéis serão exibidos abaixo dele.
Usar cabeçalhos H2 que respondam a algumas dessas perguntas diretamente é uma maneira eficaz de fazer seu conteúdo aparecer nesses painéis.
Existem diversas ferramentas e documentações na web que podem ajudar a criar esse tipo de marcação de dados estruturados. Se o seu site foi desenvolvido em WordPress, já existem plug-ins para a plataforma com este intuito.
Quanto mais otimizado for seu site, se o Google identificar a marcação de dados estruturados e tiver continuidade na criação de artigos e notícias, maior será a probabilidade de aparecer no Google Discover.
Avaliação
Outro snippet bastante chamativo é o de avaliação. Imagine ter 5 estrelas douradas destacando um produto do seu e-commerce no resultado de uma busca? Com certeza é um diferencial na hora do usuário ler a informação, ou até mesmo clicar no link. Os rich snipetts têm esse poder de melhorar o CTR (click through rate – taxa de cliques em relação ao número de exibições) dos links quando bem aplicados.
Um snippet de avaliação ou classificação é a média das pontuações combinadas de vários usuários. Quando o Google encontra avaliações válidas ou marcação de classificações, ele pode exibir um rich snippet com estrelas e outras informações resumidas de apps, games, produtos, livros, músicas, cursos, eventos, instruções, empresas, filmes, receitas etc.
Publicações marcadas com dados estruturados do tipo “HowTo” são apresentadas para o Google como páginas de instruções. Por exemplo, “Como fazer um nó de gravata” ou “Como instalar azulejos de cozinha”.
Como aplicar esse tipo de snippet a um artigo/conteúdo perene para o Google Discover? Você pode criar um tutorial de como fazer algo no seu segmento que ajude as pessoas com um passo a passo. Um exemplo, é uma publicação nossa que sairá ensinando como fazer o setup do Google Analytics para o seu site.
Artigo
Você já sabe que o Google Discover valoriza notícias e artigos, então esse snippet não pode faltar em sua coleção. Usando os dados estruturados do tipo “article” o Google irá melhorar a exibição dos seus resultados na busca.
Avalie sua estratégia para mobile, até o momento o Google Discover foi projetado somente para dispositivos móveis, se tiver adotado o AMP (Accelerated Mobile Pages) em seu site, suas notícias podem ganhar ainda mais destaque sendo exibidas em formato de carrossel em pesquisas aprimoradas ou nas histórias visuais.
Lembre-se, os dados estruturados melhoram a otimização do seu conteúdo para os mecanismos de busca, e isso influencia diretamente a avaliação da sua publicação como relevante e até mesmo autoridade para o Google Discover. Apesar do conceito de pesquisa e descoberta serem diferentes, eles não são excludentes, ambos vivem em conjunto no mesmo ecossistema.
Como medir os resultados do Google Discover
Algo que todo profissional de marketing tem em comum atualmente é, a análise de resultados. Isso além de ser um padrão de mercado, é uma das vantagens que o marketing digital trouxe, podemos medir tudo o que fazemos. Quando medimos nossas métricas ou KPIS, podemos aperfeiçoar nossas estratégias e alinhar os objetivos de marketing com o negócio.
Para analisar o tráfego de origem do Google Discover, você pode usar o Google Search Console.
Na ferramenta será apresentado:
- Quanto tráfego obteve através do Google Discover;
- A frequência que seu site está aparecendo no Google Discover;
- O desempenho de suas páginas, se você as comparar com o desempenho de tráfego tradicional (SEO);
- Qual conteúdo está aparecendo;
- Qual conteúdo está em alta;
- O que os usuários mais gostam;
- Que conteúdo seus seguidores escolhem nas redes e qual é sua buyer persona.
Ou seja, os relatórios são muito completos e você terá ótimos insights. Caso não apareça a guia Google Discover em seu relatório, é que seu site ainda não está sendo exibido na ferramenta. Como o próprio Google explica, o relatório de desempenho do Discover está disponível apenas para sites que atingiram um certo número de impressões (não especifica quantas) nos últimos 16 meses.
Como analisamos os dados também determina nossas expectativas e como vamos direcionar nossas estratégias, então, é preciso saber que o tráfego do Google Discover não é tão estável quanto o de SEO, pois como já dissemos, o seu conceito está baseado em descoberta, portanto, é comum ter picos de visitas momentâneas, mas esse tipo de característica pode mudar conforme a ferramenta vai evoluindo.
É preciso ficar claro que você não deve se surpreender ao ver um gráfico do Google Discover, geralmente existem grandes variações, se assemelhando bastante ao que acontece no tráfego de mídias sociais dependendo do engajamento da publicação.
Na imagem abaixo você pode notar os picos de tráfego do Google Discover:
Um resumo do que é o Google Discover
O que é
- O Google Discover é a evolução do Google Feed, através de machine learning a ferramenta apresenta conteúdo relevante baseado nos interesses do usuário;
- O conceito de pesquisa desaparece; O Google Discover mostra o que considera apropriado;
- O que é exibido depende da inteligência artificial: através dos seus hábitos e gostos, a ferramenta entenderá o que é adequado apresentar para cada usuário.
Como aparecer
- É necessário atingir o mínimo de visitas de acordo com as diretrizes do Google;
- As publicações devem passar pelas políticas do Google Notícias;
- O conteúdo deve ser cuidadosamente planejado — a persona do seu negócio será o foco de tudo;
- Todas as publicações devem ter imagens de qualidade com pelo menos 1.200 pixels;
- A usabilidade do seu site será um fator determinante. É preciso pensar na experiência do usuário;
- Dica: combine passado e presente em suas publicações, formatos diferentes também ajudam, sempre pense na qualidade do seu conteúdo e no público que irá consumir.
Como nos ajuda
- A inteligência artificial nos apresentará conteúdo relevante de acordo com nossos gostos e interesses;
- Sempre estaremos atualizados, pessoal e profissionalmente, com conteúdo de qualidade;
- A inteligência artificial nos ajudará a aprofundar nossos conhecimentos em assuntos que fazem sentido naquele momento de nossas vidas.
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