Desde ano passado o Meta (dono do Facebook, WhatsApp e Instagram) anunciou que está reestruturando alguns de seus recursos, e por conta disso, o Instant Articles será desativado.
De acordo com a empresa, a feature será desativada por falta de uso dos usuários. As informações do jornal The Sun, segundo um representante do Facebook, não faz sentido os esforços em manter a ferramenta no ar, se os usuários da plataforma não estão interessados.
Se você veicula campanhas através do Business Manager > Gerenciador de Anúncios, já deve ter notado que a plataforma tem emitido alertas para evitar o posicionamento de Instant Articles em seus anúncios, pois ele será desativado definitivamente em abril de 2023.
“Atualmente, menos de 3% dos usuários acompanham postagens com links para artigos de notícias no Facebook”, comunicou o porta-voz da empresa. “E, como já dissemos, não faz sentido investir em áreas que não se alinham às preferências dos usuários”.
O que é o Instant Articles?
O Instant Articles é uma plataforma criada pelo Facebook em maio de 2015, e permite aos editores de conteúdo publicar artigos diretamente na rede social, em vez de redirecionar os usuários para seus sites externos. Esses artigos são otimizados para carregar rapidamente na plataforma móvel e oferecer uma experiência de leitura mais agradável para os usuários.
Os Instant Articles são exibidos diretamente na linha do tempo do usuário e permitem que os editores adicionem recursos interativos, como imagens, vídeos e gráficos, para melhorar a experiência do leitor. Além disso, os artigos também podem incluir anúncios, permitindo que os editores monetizem seu conteúdo. O Instant Articles foi criado para ajudar a melhorar a experiência do usuário e fornecer aos editores uma nova maneira de alcançar seu público.
No início o Instant Articles, enfrentou resistência de alguns jornais, sites e revistas on-line pois não permitia a monetização do conteúdo via paywall. Esse tipo de monetização é quando a notícia após ser exibida na tela do usuário, gera um pop-up impedindo a leitura, solicitando uma assinatura para continuar. Essa é uma das principais formas de monetização de jornais on-line.
O Instant Articles foi uma reação direta do Facebook para a criação do formato AMP (Accelerated Mobile Pages) do Google. Uma iniciativa de código aberto que tem como objetivo oferecer uma experiência de navegação mais rápida e eficiente para os usuários em dispositivos móveis.
O AMP utiliza uma versão simplificada de HTML (chamada de AMP HTML), que é otimizada para carregar rapidamente em dispositivos móveis. Os sites que utilizam a tecnologia são identificados por um ícone de raio nos resultados de pesquisa do Google em dispositivos móveis. Ao clicar em um resultado de busca AMP, o usuário é direcionado para uma versão otimizada e de carregamento rápido da página.
O Meta observou que, desde o lançamento do Instant Articles, a experiência da web móvel melhorou muito devido a velocidades mais rápidas de internet e dispositivos mais poderosos. Como tal, sugeriu que essas atualizações tornaram a feature desnecessária.
Como podemos analisar essas mudanças?
Já faz um tempo que percebemos que o Meta se esforça para afastar seus investimentos em conteúdo de notícias em seus aplicativos. A empresa confirmou que encerraria sua plataforma de newsletter para jornalistas e escritores chamada, Bulletin.
À medida que mais plataformas estão direcionando os seus esforços para vídeos, pois é um formato com grande aceitação no momento, de fácil consumo e alto engajamento, a maioria dos editores está investindo neste tipo de produção, o que cria um movimento natural para que as empresas sigam por este caminho.
A Web está em constante evolução, então, certos formatos vão se tornar protagonistas em determinadas épocas. A geração atual consome informação de uma forma muito mais dinâmica, e os vídeos fazem mais sentido neste contexto, por esse motivo, toda a internet se inclina cada vez mais para trazer inovações para esse tipo de conteúdo.
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